quinta-feira, 8 de junho de 2017
#159 - Inovação
Estamos no início do século XX. Você está bebendo uma boa xícara de café quentinho. Só que... não está tão boa assim. O pó do café fica grudado nos dentes, e o líquido é tão amargo que você contrai os lábios. Se não fosse pela cafeína, você não iria beber aquilo. Naquela época o café era preparado como o chá - mergulhando um saco de grãos moídos em água fervente. Era fácil errar a mão.
Em 1908, uma alemã chamada Melitta Bentz cansou de tomar café amargo e cheio de pó. Convencida de que haveria uma forma melhor de preparar, ela começou a procurar melhor, em busca de ideias. Então, deparou-se com o papel mata-borrão no caderno de seu filho, que era feito para remover o excesso de tinta. Era grosso e absorvente e descartável.
Arrancou uma folha de papel. Fez buracos com pregos em uma panela, a colocou sobre uma xícara, inseriu o papel, encheu com pó e derramou água quente. O resultado foi uma bebida suave e sem pó. Bentz tinha inventado o coador de papel.
Todos queremos um flash de inspiração capaz de mudar o mundo - e impressionar nossos colegas. Queremos criar algo completamente novo. Mas ideias incríveis não surgem assim. A lição acima é que uma grande inovação é construída a partir de ideias já existentes, ressignificadas por uma visão.
- adaptado de "Sprint", de Jake Knapp
Luciano Oliveira
Curitiba, 8 de junho de 2017
lramosoliveira@yahoo.com.br
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