Os 5 segredos da inovação, segundo Andrés Oppenheimer:
1. Criar uma cultura de inovação
A cultura da inovação é um clima que produza um entusiasmo coletivo pela criatividade, e que valorize os os inovadores produtivos da mesma maneira que o futebolistas, desportistas e artistas.Lamentavelmente a América Latina tem uma média de 560 cientistas por milhão de habitantes, enquanto a Coréia do Sul tem 5.451 investigadores científicos por milhão de habitantes, segundo o Banco Mundial.
2. Fomentar a educação para a inovação
Na região da América Latina há um déficit de capital humano para a inovação. Isto não é nenhuma novidade, já que a maioria dos estudantes de voltam para as matérias de humanidades e ciências sociais. Enquanto a Finlândia e a Irlanda possuem 25 graduados em engenharia por milhão de habitantes, no Chile há somente 8 engenheiros por milhão de habitantes. No México, 7, Colômbia 6, Argentina 5 e menos ainda no resto da região.Uma das principais formas de fomentar a educação tecnológica é jogando. Segundo Bill Gates, as escolas deveriam mudar a abordagem de ensino com as crianças, tornando o ensino de ciências mais interativo, lúdico e atrativo.
3. Revogar as leis que matam a inovação
Os países latino-americanos devem diminuir leis que dificultam a abertura e fechamento de empresas, promover o respeito à propriedade intelectual e modificar a abordagem para não penalizar os que fracassam em seus empreendimentos.4. Estimular o investimento em inovação
O país que mais investe em inovação e desenvolvimento é Israel, que destina 4,3% de seu PIB nesta área. O Brasil destina 1%, e outros latinos menos que esta cifra. A maior parte do dinheiro distribuído pelo governo é feito através de universidades públicas, e não nas empresas privadas, que são as que mais conhecem o mercado.5. Globalizar a inovação
Cada vez mais a inovação é um processo colaborativo. Hoja a China tem 441.000 estudantes universitários no exterior. Índia, 170.000. Coréia do Sul, 113.000. O Brasil possui 23.000 e a Argentina 9.000. Aplaudimos a globalização no futebol, mas não nas ciências.Andrés diz que no futuro os países não irão mais competir por territórios, mas por talentos.
Luciano Oliveira
Curitiba, 6 de março de 2017
lramosoliveira@yahoo.com.br
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