terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

#59 - Credo

Em seu livro "Talento não é tudo", John Maxwell fala do credo com 7 princípios que John Wooden, ex-técnico de basquete da UCLA, recebeu de seu pai e o tem como mantra em toda sua vida:


  1. Seja fiel a si mesmo
  2. Ajude os outros
  3. Faça de cada dia sua obra-prima
  4. Assimile bem bons livros, principalmente a Bíblia
  5. Faça da amizade uma bela arte
  6. Construa um abrigo para um dia chuvoso
  7. Ore pedindo direção e agradeça por suas bênçãos todos os dias

 "O homem que não tem vida interior é escravo de seus arredores." - Henri-Frédéric Amiel

Luciano Oliveira
Curitiba, 28 de fevereiro de 2017
lramosoliveira@yahoo.com.br

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

#58 - Ressentimento




"Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem." - Hebreus 12.15


Ressentimento indica a rememoração de uma mágoa, uma angústia. É um sentimento ruim, mas que aprisiona o coração de doente emocionalmente. 

No texto acima, provavelmente escrito pelo apóstolo São Paulo, ele orienta os hebreus a guardarem seus corações de todo o ressentimento. Aprenderem a se libertar da mágoa, que se alimentada, irá aprisionar os corações. Ele sabia que um coração enraizado pela amargura seria improdutivo, triste, e contaminaria todos os demais, sufocando a alegria.

No mundo corporativo é fundamental também nos libertarmos de todo ressentimento. Frequentemente somos tentados a nutrir uma certa vingança contra alguém que nos prejudicou. Entretanto, pessoas bem-sucedidas são aquelas livres da mágoa, que tornam o mal em bem. Resistem a tentação do caminho mais fácil, dos atalhos de retribuir na mesma moeda o dano causado. São dispostas a caminhar mais uma milha, e recompensadas, ainda que no longo prazo, por isto.


"Ressentimento é como viver com uma brasa de carvão nas mãos, esperando uma oportunidade para jogar em quem você considera merecedor das brasas. Cuidado, você corre o risco de passar a vida com as mãos queimadas." - Kushner


Luciano Oliveira
Curitiba, 27 de fevereiro de 2017
lramosoliveira@yahoo.com.br

domingo, 26 de fevereiro de 2017

#57 - Legado


Estive hoje visitando o Museu do Automóvel de Curitiba.

Com um rico acervo, o museu é uma emocionante viagem no tempo. Durante a visita, pude ver modelos de automóveis que nunca tinha visto nem ouvido falar. Belas máquinas, com estado de conservação impecável. 

Ao final do passeio fiz uma pausa para refletir a visita com meus filhos. Perguntei as diferenças entre os modelos atuais e os que tínhamos acabado de ver. Falamos sobre velocidade, segurança, consumo, design. Modelos do início do século XX e os modelos do século XXI. Veículos com quase 100 anos de idade. 




Isto me fez refletir acerca do legado. É óbvio que os carros de hoje são muito melhores que a maioria dos antigos. Aspectos como segurança, consumo e impacto ambiental não se comparam com os modelos de hoje. Porém isto é natural, pois os carros modernos acumulam milhões de horas de engenharia, e uma base de conhecimento riquíssima. Mas o que faz um carro antigo ser tão especial? 

Além dos detalhes e do toque humano que cada um destes carros têm, eles parecem ter sido projetados com o coração de técnicos e engenheiros, para que fossem o melhor de sua época. Profissionais parecem ter dado o melhor de si em cada vinco, costura, estribo, grade e detalhes que possam ter passado despercebido mas uma pessoa comum, mas não para gerações de entusiastas.



Um legado tem a ver em fazer as coisas com excelência. Dar o melhor de si, e não apenas na aparência exterior. Consistência, perspicácia, coragem de se reinventar e desejo de grandeza são qualidades que foram materializadas por sonhadores nestas máquinas. 

Um líder é aquele capaz de materializar em si e em seus liderados os ideais de grandeza. Não importa o que se faça, será sempre possível deixar uma memória de grandes exemplos por gerações.




Luciano Oliveira
Curitiba, 26 de fevereiro de 2017
lramosoliveira@yahoo.com.br

sábado, 25 de fevereiro de 2017

#56 - Relacionamentos


John Maxwell listou os tipos de pessoas que agregam valor à sua vida e lhe dão energia:

Família - os melhores momentos com a família são seus melhores momentos.
Pessoas criativas - elas liberam a criatividade que há em si como nenhuma outra pessoa.
Pessoas bem-sucedidas - há um gosto especial em ouvir suas histórias. 
Pessoas encorajadoras - encorajamento é como oxigênio para a alma.
Pessoas divertidas - o riso sempre eleva seu espírito.
Bons pensadores - as conversas com eles são suas coisas favoritas.
Sua equipe - sempre agregam valor.
Aprendizes - pessoas interessadas são pessoas interessantes.

Os relacionamentos positivos levam para um nível mais alto. Incentivam, trazem à tona o que há de melhor. 

Luciano Oliveira
Curitiba, 25 de fevereiro de 2017
lramosoliveira@yahoo.com.br

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

#55 - Progresso evolutivo


5 lições básicas para estimular o progresso evolutivo, segundo "Feitas para Durar - Collins e Porras":

1. Tente, e rápido

Não fique parado, principalmente na dúvida. Quando tiver dúvida, varie, mude, faça experiências, corrija, tente. 

2. Aceite o fato de que haverá erros

Erros e fracassos são parte do processo evolutivo. A fim de ter uma evolução saudável, é preciso fazer muitas experiências de vários tipos, ficar com as que dão certo e deixar o mais fraco morrer.

3. Vá aos poucos

É muito mais fácil tolerar experiências fracassadas quando elas não passam disso - são experiências, e não fracassos corporativos. Um segredo é descartar os fracassos tão logo eles sejam reconhecidos. 

4. Dê às pessoas o espaço necessário

Quando as pessoas têm espaço para agir, não se pode prever precisamente o que elas farão - e isso pode ser bom. As empresas visionárias empregam mais a descentralização e a autonomia operacional.

5. Dê as ferramentas e cobre resultados

Ferramentas incluem os recursos para chegada aos objetivos, mas também as métricas, os key performance indicators - KPIs. Segundo os autores do livro, a 3M, uma das empresas mais visionárias do mundo, não atira um bando de pessoas esperas numa panela e espera que algo aconteça. A 3M acende um fogo alto sob a panela e mexe bastante. 


Luciano Oliveira
Curitiba, 24 de fevereiro de 2017
lramosoliveira@yahoo.com.br

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

#54 - Exemplo


Do livro "Problemas? Oba! - Roberto Shyniashiki:


"Os bombeiros sabem da importância do exemplo do líder. Por isso, eles dizem: Se meu comandante para, eu sento. Se ele senta, eu deito. Se ele deita, eu durmo. Se ele dorme, eu vou embora."

Equipes motivadas chegam mais longe. A chave da motivação está no líder. Um líder pode entusiasmar ou drenar a alegria do ambiente. 

A chave da produtividade pode estar em coisas mais simples que um sistema de gestão do último tipo. Celebração, reconhecimento, senso de direção e propósito, meritocracia e oportunidades de desenvolvimento são ações que podem ser implementadas imediatamente, e têm um impacto excepcional.


Luciano Oliveira
Curitiba, 23 de fevereiro de 2017
lramosoliveira@yahoo.com.br

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

#53 - Bússola


Antes do aparecimento dos sistemas de navegação moderno, a bússola era o instrumento fundamental para o viajante. Um invento simples, que sobreviveu por gerações.

Há um tempo atrás vi na Internet uma ilustração bem interessante: a bússola do gestor. Dividia as ações do líder em 2 eixos. O eixo X divide-se em 2, coisas Importantes e Não importantes. O eixo Y divide-se em 2 também, que são coisas Urgentes e Não urgentes. Isto cria 4 quadrantes neste gráfico.

Coisas urgentes e importantes:
  • projetos com prazos
  • problemas urgentes
  • apagar incêndios
  • crises
  • reuniões importantes
 Para estas situações, uma AÇÃO IMEDIATA.

Coisas urgentes, mas não importantes:
  • telefonemas
  • interrupções
  • algumas reuniões
  • tarefas delegáveis
  • tarefas importantes para outros
 Para estas situações, DELEGAR.

Coisas não urgentes, e não importantes:
  • fofocas
  • intrigas
  • ociosidade prejudicial
  • retrabalho
  • perda de tempo

Para estas situações, ELIMINAR.

Coisas importantes e não urgentes:
  • valorização da equipe
  • relacionamentos
  • planejamento
  • treinamento
  • preparação
  • estratégias
  • prevenção
  • recreação

Para estas situações, DEDICAÇÃO. 

Coisas importantes e não urgentes deveriam ocupar boa parte do tempo do gestor, pois ali estão os resultados que impactam a organização.

Luciano Oliveira
Curitiba, 22 de fevereiro de 2017
lramosliveira@yahoo.com.br

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

#52 - Kant





"Aja somente segundo aquela máxima a qual você possa ao mesmo tempo desejar que se torne uma lei universal. Aja como se a máxima da tua ação fosse tornar-se, mediante a tua vontade, uma lei universal da natureza." - Immanuel Kant.


O pequeno texto extraído acima é conhecido como o Imperativo Categórico de Kant. Este imperativo trata sobre a moral, e recomenda que todas as vezes que estivermos incertos acerca de determinado comportamento, que façamos tal análise. Se nosso comportamento puder ser reproduzido como uma lei universal, o mundo será um lugar para viver? Se a resposta por positiva, vá a faça. 

Por exemplo, ser grosseiro com o próximo pode ser tentador num momento que precisamos que algo seja feito. Se este comportamento for reproduzido, ou seja, todos passarem a ser grosseiros quando algo precisa ser feito imediatamente, nosso habitat será um lugar melhor? Obviamente não.

Portanto, é importante fugir dos atalhos, e considerar que cada comportamento e atitude poderá ter um impacto ainda maior ao nosso redor. 

Luciano Oliveira
Curitiba, 21 de fevereiro de 2017
lramosoliveira@yahoo.com.br

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

#51 - Contrariedade


"Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, macias, que representam as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas – são animais mansos –, seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse, a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem. Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: “Ela não sai da sua depressão...”. Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que,  para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de sua aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o trabalho – por causa da dor que o grão de areia lhe causava. Um dia, passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro de uma ostra. Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fi zera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de presente para a sua esposa. 

Isso é verdade para as ostras. E é verdade para os seres humanos. No seu ensaio sobre O nascimento da tragédia grega a partir do espírito da música , Nietzsche observou que gregos, por oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não existia para eles, como existia para os cristãos, um céu onde a tragédia seria transformada em comédia. Ele se perguntou então das razões por que os gregos, sendo dominados por esse sentimento trágico da vida, não sucumbiram ao pessimismo. A resposta que encontrou foi a mesma da ostra que faz uma pérola: eles não se entregaram ao pessimismo porque foram capazes de transformar a tragédia em beleza. A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer. Esses são os artistas. Beethoven – como é possível que um homem completamente surdo, no fim da vida, tenha produzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, Cecília Meireles, Fernando Pessoa...”

A reprodução acima é um dos textos mais conhecidos de Rubem Alves, morto em 2014. Encaro este texto como um louvor à contrariedade. Na sociedade que vivemos, declaramos guerra à dor. Analgésicos potentes diminuíram nosso desconforto. A qualquer sinal de dor de cabeça, toma uma Neosa, como diz o reclame. 

Uma das formas de dor é a contrariedade. Um confronto ao ego, e a mim. Jesus Cristo ensina a jejuar, se abster do alimento e se alimentar da oração. O corpo grita. Podemos ser contrariados no trânsito, ao sermos preteridos numa promoção, num flerte ou relacionamento e na reunião do condomínio.

Porém, há beleza na contrariedade. Ela nos reduz ao tamanho que devemos ter, e redefine as prioridades, como um reset de fábrica. Grandes líderes são aqueles que aprenderam a produzir na contrariedade, e transformar os grãos de areia em belas pérolas.

Luciano Oliveira
Curitiba, 20 de fevereiro de 2017.
lramosoliveira@yahoo.com.br

domingo, 19 de fevereiro de 2017

#50 - Inovação



Inovação vem do latim innovatio, que se refere a uma ideia, método ou objeto que é criado e que pouco se parece com padrões anteriores.

Mudanças de era sempre foram provocadas por 3 fatores: uma nova fonte energética + nova forma de divisão do trabalho + nova organização de poder
 Há indícios de que a geração do século XXI poderia estar vivendo esta mudança de era. O petróleo começa a perder protagonismo para as energias renováveis. O empreendedorismo passa a ter uma relevância principal, já que na sociedade pós-industrial as relações de trabalho convencionais são enfraquecidas. E o mundo globalizado caminha para um sistema de governo onde nem esquerda, nem direita, detém as respostas necessárias para governar uma população mais esclarecida, informada e exigente.

É uma fase de mais perguntas que respostas. Porém, parte destas perguntas estão sendo respondidas pela tecnologia, que conecta e empodera as pessoas. O profissional do século XXI é aquele que saberá entender este novo tempo.

Luciano Oliveira
Curitiba, 19 de fevereiro de 2017
lramosoliveira@yahoo.com.br

sábado, 18 de fevereiro de 2017

#49 - Aperfeiçoamento



Uma das muitas distinções entre os animais e os humanos é a capacidade que os homens têm de iniciar sua vida a partir de um caminho já percorrido. 

Os animais começam como uma folha em branco, e já têm seu destino definido. São escravos de seus instintos, como no desenho Espanta Tubarões. Ali, um tubarão busca se autorreformar, até  que é confrontado com seu instinto caçador, e volta a ser um tubarão.

Os humanos têm uma carga diferente. A cada bebê que nasce, ele recebe o software Vida, com a última atualização. Ali estão os códigos culturais e históricos mais recentes, oferencendo-lhe a oportunidade de ser um humano melhor para si e para os outros. 



Luciano Oliveira
Curitiba, 18 de fevereiro de 2017
lramosoliveira@yahoo.com.br

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

#48 - Serviços


Existem 5 dimensões de qualidade em Serviços:

  • Confiabilidade: é a capacidade de oferecer o prometido de maneira confiável e precisa.
  • Segurança: é o conhecimento e cordialidade dos funcionários, juntamente com sua capacidade de transmitir confiança e certeza. 
  • Elementos tangíveis: as instalações e os equipamentos físicos, e a aparência profissional do pessoal.
  • Empatia: o grau de atendimento e atenção individual oferecido pelos clientes.
  • Postura pró-ativa: a atitude de auxiliar os clientes e oferecer atendimento imediato.


Luciano Oliveira
Curitiba, 17 de fevereiro de 2017.
lramosoliveira@yahoo.com.br

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

#47 - Desempenho



Nos anos 80, umas das primeiras pesquisas sobre o sucesso empresarial foi realizada. Uma amostra de 62 empresas foi colhida pela Peters & Waterman, e que representava 6 setores de atividades de impacto na economia americana. 

O estudo identificou 8 atributos distintos de empresa de alto desempenho:


  1. Firme disposição para agir e fazer as coisas até o fim;
  2. Ao lado e junto com o cliente;
  3. Autonomia e iniciativa dos colaboradores;
  4. Produtividade por meio das pessoas; 
  5. Orientação por valores;
  6. Ater-se ao conhecido;
  7. Formas organizacionais simples e equipes dirigentes pequenas;
  8. Centralizadas e descentralizadas  ao mesmo tempo. 



Luciano Oliveira
Curitiba, 16 de fevereiro de 2017.
lramosoliveira@yahoo.com.br

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

#46 - Kaizen


Existem vários modelos e terminologias para o ciclo de melhoria contínua. Todos eles derivam do conhecido PDCA. O ciclo Kaizen, modelo de melhoria contínua da gestão Lean e Sistema Toyota de Produção, detalha um pouco mais este modelo, e se baseia nos seguintes pontos:

1. Identifique desperdícios

Em outro post falamos sobre os 8 tipos de desperdícios, nomeados pela palavra japonesa MUDA. Eles são:
  • Movimento
  • Espera 
  • Transporte
  • Correção e retrabalho
  • Excesso de processamento
  • Excesso de produção
  • Estoque
  • Conhecimento sem ligação

 

2. Planeje ações

Cada desperdício requer uma ação para ser reduzido, eliminado, controlado ou mitigado. 

3. Cheque a realidade

A realidade (GEMBA) é onde as coisas acontecem. Verificar o chão-de-fábrica. Uma técnica conhecida que aprendi numa palestra para resolver problemas é o TBC. Desenvolvida há muito tempo atrás, mas aprimorada ao longo dos anos, o acrônimo significa "Tire a Bunda da Cadeira". 

4. Faça as mudanças

Aja construtivamente, respeitando os envolvidos e promovendo engajamento das partes.  


5. Verifique as mudanças

Cheque se as mudanças simplificaram os processos e facilitaram o trabalho dos usuários. 


6. Mensure os resultados

Este é um fato decisivo nos processos de melhoria. Sem dados, terá sido apenas uma boa ação. No mundo atual vários projetos competem pelos mesmos recursos, portanto, é fundamental que se mostre o retorno da mudança. 


7. Padronize

Um projeto interessante deve ser escalável. 


8. Celebre

Não negligencie a celebração. Recompensar os esforços da turma vai criar massa crítica a favor de novos projetos. É importante divulgar os resultados, com fotos dos envolvidos, de modo que todos possam saber do potencial das pessoas, o que irá  abrir novas possibilidades. 


9. Faça de novo

Aos poucos vai se imprimindo uma nova cultura, e elevando o nível da organização. 


10. Documente a realidade

Futuramente vão lhe agradecer por isso. :-)

 
Após o fechamento do décimo ponto, retorne ao passo inicial, identificando novamente novas fontes de desperdícios. Parafraseando Marcel Telles, da InBev, falando na ocasião sobre custos, "O desperdício é como unha. Tem que cortar toda segunda-feira".

Luciano Oliveira
Curitiba, 15 de fevereiro de 2017.
lramosoliveira@yahoo.com.br

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

#45 - Solidariedade


"Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar. Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira. - Lucas 10:29-37

Solidariedade, apesar de ser uma palavra da moda, encontra pouco lugar no meio corporativo. Num lugar onde as pessoas são vistas como Centros de Custo, se importar com alguém torna-se algo apenas necessário se isto for levar a uma receita maior. 'Qual o retorno?' é a frase mais ouvida. 

Entretanto, é importante sempre relembrar que a vida é mais que um cartão de visitas. A solidariedade, muito mais que o bem a outro, é um bem a nós mesmos. Nos traz de volta a humanidade perdida no meio das reuniões, metas e bônus. A oportunidade de fazer o bem está a nossa vista a todo momento, basta apenas um mínimo de sensibilidade. 

Ser um bom líder é muitas vezes sentir a dor alheia, o aperto e as angústias. Ser um bom líder, afinal, é ser humano.

Luciano Oliveira
Curitiba, 14 de fevereiro de 2017.
lramosoliveira@yahoo.com.br


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

#44 - Estratégia (again)


No post #38 falamos sobre conceitos de estratégia.

Ao revisitar uns materiais antigos, achei interessante o conceito abaixo:

"Estratégia é escolher, e não ser escolhido."
Estratégia então é criar uma posição exclusiva e valiosa, envolvendo um diferente conjunto de atividades. E tão importante que escolher o que fazer, é também escolher o que não fazer




Luciano Oliveira
Curitiba, 13 de fevereiro de 2017.
lramosoliveira@yahoo.com.br

domingo, 12 de fevereiro de 2017

#43 - Paradigma

https://www.google.com.br/search?q=quebra+de+paradigma&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwifteGtvYvSAhWJbSYKHX3KD8AQ_AUICSgC&biw=1280&bih=611#imgrc=GFIZi5gdfSjl7M:

Paradigma vem do grego paradeigma, que significa padrão, exemplo, modelo. Por isso, é tão comum ouvirmos a frase "quebra de paradigma" quando alguém quer mostrar um pouco de cultura, mas também dizer uma nova forma de agir dali para frente. 

A Gazeta do Povo de 12/2/2017 trouxe a seguinte nota na seção de tecnologia:


Esta nota, praticamente no rodapé da página, me chamou atenção porque foi uma das primeiras vezes que vi a motivação não-capitalista (aparentemente) para a forma de utilizar toda a tecnologia que tem sido desenvolvida. Neste momento em que governos estão querendo até a senha das redes sociais, como é o caso dos EUA. Fico entediado com tanta coisa que buscam nos vender. A publicidade é onipresente, e com desrespeito invadem nossa 'vida virtual' continuamente. Mas a possibildiade de utilizar a tecnologia em prol do autoconhecimento é uma aproximação no mínimo interessante, e com um princípio de nobreza.

Parece que a possibilidade de novas quebras de paradigma estão na pauta do futuro. Um mundo mais humano, que coloque a tecnologia no devido lugar de servo, e não de um senhor a ser idolatrado.

Lição de liderança

Entendo que um líder não é aquela personalidade perfeita, mas que conhece muito de si mesmo, sabe suas fraquezas e humildemente trabalha com elas. Mas que também leva seu grupo a se conhecer mutuamente. Tomara que o futuro reserve boas surpresas neste campo.

Luciano Oliveira
Curitiba, 12 de fevereiro de 2017.
lramosoliveira@yahoo.com.br

sábado, 11 de fevereiro de 2017

#42 - Criatividade


A criatividade está muito mais ligada à capacidade de acolher e elaborar estímulos do que as recursos disponíveis, ou mesmo à ressonância que o encontro de duas ou três pessoas criativas pode produzir, quando se estimulam intelectual e reciprocamente com suas ideias. As condições ideais, na minha opinião, são ainda aquelas escritas por Platão em 'O Banquete': comodidade, um grupo de amigos criativos, paixão pela beleza e pela verdade, liderança carismática, tempo à disposição, sem a angústia de prazos ou vencimentos improrrogáveis. No final das contas, a felicidade consiste também no fato de não termos prazos a cumprir. - Domenico De Masi - O Ócio Criativo

A criatividade se nutre de desperdício: de milhares de horas de reflexão ou exercício, que vistas de fora podem parecer pura perda de tempo. Mas na verdade são uma perambulação do corpo e da mente, que mais cedo ou mais tarde acaba desembocando numa ação positiva: numa obra de arte, num novo teorema, num romance.  - Idem



Luciano Oliveira
Curitiba, 11 de fevereiro de 2017.
lramosoliveira@yahoo.com.br

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

#41 - Previdência e previdente


"Os etólogos dizem que quando os peixinhos vermelhos, depois de passar meses num aquário, são liberados em pleno mar, continuam ainda por um certo tempo a nadar em círculos, como se estivessem dentro de um aquário." - do livro 'O Ócio Criativo', Domenico de Masi.

Precisamos nos preparar para o futuro. As poucas coisas que sabemos sobre é vida é que as coisas serão diferentes. Não apenas a questão previdenciária que está em jogo hoje no país, mas acima de tudo a forma que nós vamos nos preparar para viver e empreender um outro momento. Renda, utilidade, lazer, tempo livre, relacionamentos, perdas e ganhos. 

E a hora de pensar nisso é agora. 

Luciano Oliveira
Curitiba, 10 de fevereiro de 2017.
lramosoliveira@yahoo.com.br

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

#40 - Carisma



Diálogo de Domenico de Masi a Maria Serena Palieri, em "O Ócio Criativo":

"Maria Serena: Numa empresa criativa é sempre necessária a presença de um líder carismático?
Domenico: Sim, um chefe que incuta entusiasmo, libere os grupos de dos procedimentos inúteis, gratifique os criativos, olhe para o futuro, promova a inovação, e tenha coragem de enfrentar o desconhecido."

Existem lições que podem ser extraídas deste pequeno mas valioso diálogo:


1. Entusiasmo

O entusiasmo é o combustível para uma vida bem-sucedida. É raro ver alguém que faz algo que não gosta de maneira excelente, e por muito tempo. O entusiasmo é como uma faísca que que acende o estopim do bom ambiente de trabalho.


2. Libertar de procedimentos inúteis

Quanto mais pessoas existem na organização, e mais tempo passam no escritório, maior possibilidade há de existir regras esquisitas e procedimentos "exóticos", assim como a presença de microgerenciamento. Um bom líder deve liberar o potencial criativo do grupo, e o primeiro passo é removendo obstáculos tolos e sem sentido.


3. Gratificação

Um equívoco é tratar diferentes como iguais. A média cai, e o grupo desmotiva. Afinal, faz parte da fisiologia humana economizar energia e se posicionar na zona de conforto. A celebração deve ser vista como um ritual importante na busca por resultados.


4. Olhar para o futuro


O líder precisa fornecer a visão de um caminho para um destino melhor ao grupo. Nada mais motivador que trabalhar num propósito digno e nobre, principalmente se este ficar marcado para a posteridade.


5. Inovação

Inovar é melhorar a forma costumeira de se fazer as coisas. Empresas e profissões estão numa dinâmica sem precedentes. Fortunas são criadas e perdidas da noite para o dia. Portanto, o mundo irá favorecer os mais rápidos em detrimento aos mais lentos, e os mais ágeis em comparação aos mais fortes.

A Universidade de Oxford publicou uma pesquisa, onde dizia que 50% dos trabalhos atuais seriam substituídos por um robô nos próximos 20 anos. A pesquisa encontra-se neste link.

"Aqueles que  assimilam rapidamente as novas categorias projetam o futuro inclusive para os demais. Os outros são perdedores, equivalem ao povo da Trácia, quando Roma imperial dominava o mundo."

6. Coragem

Me recordo da visita que fiz a Lisboa em 2016. Nesta bela cidade europeia, é possível respirar as viagens feitas pelos navegadores do século 16. Tiveram coragem para assumir os riscos, sabendo que haveriam recompensas formidáveis aos seus esforços. Não tiveram medo de encarar o desafio, e por isso são lembrados 500 anos depois.


Luciano Oliveira
Curitiba, 9 de fevereiro de 2017
lramosoliveira@yahoo.com.br

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

#39 - Aprendizagem



Verdades sobre receptividade do ensino, adaptado do livro "Talento não é tudo - John Maxwell".

1. Nada é interessante se você não estiver interessado

Um dos maiores obstáculos ao ensino é a confiança em clichês e hábitos. Uma vez atingido o bem-estar pessoal, frequentemente o processo de aprendizagem é interrompido. Pessoas receptivas ao ensino são plenamente envolvidas com a vida. Interessam-se por descobertas, discussões, aplicações e crescimento. Há uma relação definida entre paixão e potencial.
"Nunca deixe passar um dia sem olhar para uma obra de arte perfeita, ouvir uma bela peça musical e ler, em parte, um ótimo livro." - Goethe

2. Pessoas bem-sucedidas veem o aprendizado de um modo diferente daquelas que não têm sucesso

Definitivamente há um mindset diferente entre o bem-sucedidos e os mal sucedidos. Uma destas diferenças é a capacidade de deixar a curiosidade guiar suas atitudes. Ao se propor a uma tarefa, faz com que as dúvidas o guiem a um mundo de pesquisa e descobrimento. Nunca acredita que o tema tenha se esgotado. É como o Universo, sempre em expansão.
"O vencedor sabe quanto ainda tem de aprender, mesmo quando considerado um especialista pelos outros. O perdedor deseja ser considerado um especialista pelos outros antes de ter aprendido o suficiente para saber quão pouco ele sabe." - Sydney J. Harris

 

3. O aprendizado tem por objetivo ser uma busca para a vida toda

Muitas pessoas consideram a aprendizagem como um evento, e não um processo. Cada estágio da vida possui lições a serem aprendidas. Dizem que o estudioso romano Catão começou a estudar grego quando tinha mais de 80 anos. Quando lhe perguntaram por que ele estava empreendendo uma tarefa tão difícil para sua idade, ele respondeu: Foi a idade mais nova que me restou.

4. As pessoas talentosas podem ser as mais difíceis de se ensinar

Um dos paradoxos da vida é que as coisas que o fazem ter sucesso de início raramente são as coisas que mantém seu sucesso. É necessário continuar aberto a novas ideias e estar disposto a aprender novas habilidades. Por isso que a escala do aprimoramento vai ficando cada vez mais difícil. 

"Se você não pode ser receptivo ao ensino, ter talento não lhe será de grande valia. Se você não pode ser flexível, ter um objetivo não lhe será de grande valia. Se você não pode ser agradecido, ter em abundância não lhe será de grande valia. Se você não pode ser mentoreado, ter um futuro não lhe será de grande valia. Se você não pode ser estável, ter um plano não lhe será de grande valia. Se você não pode ser acessível, ter sucesso não lhe será de grande valia."

5. O orgulho é o principal obstáculo à receptividade ao ensino

Alguns fracassos tiveram um currículo brilhante no passado, mas começam usando seu sucesso como uma licença para construir uma cerca em volta daquilo que tinham, em vez de continuar a arriscar e expandir para levá-los a níveis ainda mais altos.

Luciano Oliveira
Curitiba, 8 de fevereiro de 2017.
lramosoliveira@yahoo.com.br


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

#38 - Estratégia


5 definições de estratégia, segundo Henry Mintzberg.

Plano

A estratégia é um plano, o curso de uma ação propositalmente pensada.

Enredo (inglês "ploy")

A estratégia é uma manobra, cuidadosamente projetada para enganar o oponente. Nos leva em direção à competição, onde mudanças no curso nos trazem vantagens ou ameaças.

Padrão

Se a estratégia pode ser pensada, então ela pode ser realizada. Um padrão é um fluxo de ações.

Posição

É uma forma de localizar a organização dentro de um ambiente.

Perspectiva

Enquanto a posição é vista de fora para dentro, a perspectiva é de dentro para fora. É a forma de perceber o mundo ao redor. 






Luciano Oliveira
Lapa, 7 de janeiro de 2017.
- lramosoliveira@yahoo.com.br

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

#37 - A Corrida dos Ratos



Robert Kiyosaki escreveu em 1997 o best-seller "Pai Rico, PaiPobre", juntamente com Sharon Lechter. O livro foi traduzido para vários idiomas, alcançando milhões de pessoas interessadas em melhorar sua educação financeira e qualidade de vida.


Neste livro, Robert fala sobre a "Corrida dos Ratos". Trata-se de um esforço inútil e cada vez maior de viver uma vida mais confortável usando as ferramentas tradicionais. Aumentar o padrão de vida para tentar suportar um padrão de vida ainda mais alto. Lutar por um salário melhor para bancar uma vida mais cara, que é gerada justamente por conta de um salário mais alto e pela administração insuficiente. E assim vai...


Um paralelo similar pode ser tratado com as questões emocionais no ambiente de trabalho. Pessoas que têm encontrado dificuldade em lidar com pressões de um "mau emprego", falta de trabalho ou choque de expectativas, acabam "contaminando" a visão, e tendo dificuldades em encontrar uma saída equilibrada. A mente torna-se obscura. Enxerga-se cada vez menos, e isto retroalimenta a mente, fazendo o indivíduo acreditar cada vez mais que o problema é externo, e ele uma vítima do sistema. Sua angústia converte-se em amargura, influenciando negativamente sua imagem. Consequentemente, menos oportunidades aparecem, agravando a situação. Em alguns casos, pode-se levar até a depressão.


Isto traz uma profunda espiral de problemas, e assim como a Corrida dos Ratos, é difícil quebrar. Sentimentos pessoais que antes eram guardados tornam-se públicos, deteriorando a imagem pessoal.


Ontem publiquei um post sobre resiliência, que juntamente com a educação e o senso de propósito vão fazer romper com o círculo vicioso. É necessário um reposicionamento mental acerca de quem é indivíduo é, e quais seus valores. É preciso quebrar com este jugo, pois menos oportunidades aparecem para aqueles que são amargurados e ansiosos. 


Luciano Oliveira

Curitiba, 6 de fevereiro de 2017.

- lramosoliveira@yahoo.com.br