Robert Kiyosaki escreveu em 1997 o best-seller "Pai Rico, PaiPobre", juntamente com Sharon Lechter. O livro foi traduzido para vários
idiomas, alcançando milhões de pessoas interessadas em melhorar sua educação
financeira e qualidade de vida.
Neste livro, Robert fala sobre a "Corrida dos Ratos".
Trata-se de um esforço inútil e cada vez maior de viver uma vida mais
confortável usando as ferramentas tradicionais. Aumentar o padrão de vida para
tentar suportar um padrão de vida ainda mais alto. Lutar por um salário melhor
para bancar uma vida mais cara, que é gerada justamente por conta de um salário
mais alto e pela administração insuficiente. E assim vai...
Um paralelo similar pode ser tratado com as questões emocionais no
ambiente de trabalho. Pessoas que têm encontrado dificuldade em lidar com
pressões de um "mau emprego", falta de trabalho ou choque de
expectativas, acabam "contaminando" a visão, e tendo dificuldades em
encontrar uma saída equilibrada. A mente torna-se obscura. Enxerga-se cada vez
menos, e isto retroalimenta a mente, fazendo o indivíduo acreditar cada vez
mais que o problema é externo, e ele uma vítima do sistema. Sua angústia converte-se
em amargura, influenciando negativamente sua imagem. Consequentemente, menos
oportunidades aparecem, agravando a situação. Em alguns casos, pode-se levar
até a depressão.
Isto traz uma profunda espiral de problemas, e assim como a Corrida
dos Ratos, é difícil quebrar. Sentimentos pessoais que antes eram guardados
tornam-se públicos, deteriorando a imagem pessoal.
Ontem publiquei um post sobre resiliência, que juntamente com a
educação e o senso de propósito vão fazer romper com o círculo vicioso. É necessário
um reposicionamento mental acerca de quem é indivíduo é, e quais seus valores.
É preciso quebrar com este jugo, pois menos oportunidades aparecem para aqueles
que são amargurados e ansiosos.
Luciano Oliveira
Curitiba, 6 de fevereiro de 2017.
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